O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ter mediado um cessar-fogo entre a Tailândia e o Camboja, após um "lamentável recrudescimento de sua prolongada guerra".
Segundo o comunicado, Trump conversou diretamente com os primeiros-ministros de ambos os países e conseguiu um pacto para deter as hostilidades e retomar um acordo de paz previamente negociado com sua participação.
"Eles concordaram em cessar todos os confrontos a partir desta noite e retornar ao acordo de paz original que assinei com eles, com a ajuda do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim", escreveu Trump no Truth Social.
Ele descreveu o episódio da bomba na estrada, que provocou vítimas entre as forças tailandesas, como um "acidente" que gerou forte retaliação da Tailândia. Sobre o acordo, afirmou: "Ambos os países estão dispostos à paz e a continuar o comércio com os Estados Unidos da América".
Trump destacou ainda: "É uma honra trabalhar com os primeiros-ministros da Tailândia, Anutin Charnvirakul, e do Camboja, Hun Manet, na resolução do que poderia ter se tornado uma grande guerra entre dois países que, de resto, são maravilhosos e prósperos! Também agradeço ao primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, por sua ajuda nesta questão tão importante", concluiu.
Conflito recrudecido
Em julho, Camboja e Tailândia realizaram uma rodada de negociações de paz na Malásia, com mediação dos EUA e da China, para reduzir o conflito transfronteiriço. Na ocasião, as partes concordaram com um cessar-fogo, atribuído por Trump a seu próprio esforço.
No entanto, em 7 de dezembro, os ataques entre os dois países foram retomados. Desde então, os confrontos já deixaram pelo menos vinte mortos e dezenas de feridos.
No mesmo dia, a Tailândia lançou a operação Trat Suprime aos Inimigos, mobilizando forças aéreas, marítimas e terrestres para atacar posições cambojanas e proteger seu território, segundo autoridades locais.