Notícias

ONU: Rússia, China e México foram os únicos países onde os salários aumentaram em 2023

"Os salários aumentaram mais na China e na Rússia, onde o crescimento da produtividade foi um dos mais rápidos do G20", observa o relatório da Organização Internacional do Trabalho.
ONU: Rússia, China e México foram os únicos países onde os salários aumentaram em 2023Sputnik / Vitaliy Ankov

Rússia, México e China são os únicos países do mundo onde os salários reais aumentaram em 2023, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em seu relatório anual sobre tendências trabalhistas.

"A renda familiar atual diminuiu em 2023 na maioria dos países do G20. O crescimento positivo dos salários reais foi observado apenas na China, na Federação Russa e no México", diz o texto divulgado na quarta-feira. "Os salários aumentaram mais na China e na Rússia, onde o crescimento da produtividade foi um dos mais rápidos do G20", observa.

O texto acrescenta ainda que a Índia e a Turquia também registraram aumentos salariais reais, mas se refere ao período de 2021-2022. Enquanto isso, em outros países do G20, "declínios particularmente notáveis foram registrados no Brasil (6,9%) e na Itália (5%)".

Aumento do desemprego global

Entretanto, a OIT prevê que a taxa de desemprego global aumentará para 5,2% este ano, em comparação com 5,1% no período anterior. A agência de trabalho da ONU estima que 2 milhões de trabalhadores se juntarão às fileiras de candidatos a emprego este ano, com diferenças entre os países dependendo do desempenho de suas economias.

Nesse sentido, a agência informa que, até 2023, o número de trabalhadores em situação de extrema pobreza, ou seja, aqueles que ganham menos de US$ 2,15 por dia, aumentará em cerca de 1 milhão. Enquanto isso, a desigualdade de renda também aumentou, e o declínio na renda real é um mau presságio para a demanda agregada e para uma recuperação econômica mais sustentada em um contexto em que 58% do emprego global é informal.

Além disso, os dados da OIT mostram que as taxas de emprego na América Latina e no Caribe não voltaram totalmente aos níveis pré-pandemia de covid-19, chegando a 6,2% em 2023, quando estavam abaixo de 8% em 2019.