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'Somos invencíveis': Maduro envia alerta aos EUA

Em meio a apreensão de petroleiro e ofensiva americana, o presidente venezuelano reafirma força do povo venezuelano.
'Somos invencíveis': Maduro envia alerta aos EUAGettyimages.ru / Pedro Mattey

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou as ameaças de Washington contra Caracas e enviou um recado direto aos Estados Unidos durante visita à paróquia de Pinto Salinas, em Caracas.

"Os imperialistas pensaram que o povo recuaria, mas aqui ninguém recuou. Somos invencíveis e indestrutíveis", escreveu Maduro em suas redes sociais na sexta-feira.

A postagem mostrava o presidente visitando a comuna de Amaliwaka, acompanhado por jovens e líderes comunitários. Ele afirmou que o próximo ano será o "Big Bang" do poder popular e da democracia comunitária venezuelana.

"Daremos um salto que surpreenderá o mundo inteiro. Aqui, o soberano não é o imperador, mas os milhões de homens e mulheres que estão construindo esta nação", disse Maduro.

O presidente fez a declaração em meio à agressão dos EUA, que mantém ações hostis no Caribe há três meses e intensificou a ofensiva nesta semana ao apreender um petroleiro venezuelano, ato que Caracas classificou como “pirataria”.

Cronologia dos ataques

  • Escalada militar: em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, sob o pretexto de "combater o narcotráfico". Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, matando dezenas de pessoas.
  • Falsos pretextos: Washington acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto "cartel de drogas". As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
  • Infiltrações de inteligênciaDonald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro indagou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
  • Postura venezuelana: Maduro denuncia que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
  • Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türkcondenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, sob alegações de "combate ao narcotráfico", que resultaram em mais de 60 mortos. Os bombardeios também foram condenados pelos governos de países como RússiaColômbiaMéxico e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao direito internacional.