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Von der Leyen exige que Trump respeite 'democracia europeia'

A presidente da Comissão Europeia respondeu à nova estratégia de segurança nacional de Washington, que avalia que o continente está passando por um "apagamento civilizacional".
Von der Leyen exige que Trump respeite 'democracia europeia'Andrew Harnik / Gettyimages.ru

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu na quinta-feira (11) que o presidente americano, Donald Trump, não interferisse na "democracia europeia".

"Não cabe a nós, nas eleições, decidir quem será o líder de cada nação, mas sim ao povo desse país",afirmou em um evento de gala em Bruxelas, citada pela agência de notícias Politico. "Essa é a soberania dos eleitores, e é preciso protegê-la".

As declarações de Von der Leyen ocorreram em resposta a uma pergunta sobre a Estratégia de Segurança dos EUA, cuja nova atualização foidivulgada na semana passada, provocando forte rejeição entre funcionários da União Europeia por suas duras críticas aos tradicionais aliados europeus de Washington.

O que diz o documento?

A Estratégia de Segurança Nacional adverte que a Europa enfrenta um possível "apagamento de sua civilização", devido a décadas de declínio econômico e à erosão dos princípios democráticos, assim como à imigração e aos fracassos políticos.

O documento também critica os países europeus por suas abordagens, consideradas contrárias à liberdade de expressão. As elites do Velho Continente são acusadas de impulsionar "restrições antidemocráticas" contra "as liberdades fundamentais na Europa, a anglosfera e o resto do mundo democrático".

"Os problemas mais graves que a Europa enfrenta se encontram nas atividades da União Europeia e outros organismos transnacionais que minam a liberdade política e a soberania", diz o documento.

Segundo a nova estratégia, o objetivo de Washington deveria ser "ajudar a Europa a corrigir sua trajetória atual". 

"Queremos apoiar os nossos aliados na preservação da liberdade e segurança da Europa, ao mesmo tempo que restauramos a autoconfiança civilizacional da Europa e a identidade ocidental", afirma.