
'Todos, exceto Zelensky, adoraram o acordo de paz', diz Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (11) que seu plano de paz agradou a todos em Kiev, com exceção do líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky.
O presidente americano declarou, em uma coletiva de imprensa, que seu governo está muito perto de chegar a um acordo com a Rússia e a Ucrânia, mas que o único que não gostou do plano de paz foi Zelensky.
"Tirando o 'presidente' Zelensky, sua equipe adorou a ideia do acordo", disse Trump, acrescentando que o texto é complexo porque envolve a questão territorial.
O presidente enfatizou também a importância de colocar fim ao conflito ucraniano, alertando que as hostilidades poderiam escalar para uma Terceira Guerra Mundial.
"Coisas assim acabam em Terceira Guerra Mundial [...] Se todos continuarem jogando esse tipo de jogo, isso vai acabar em Terceira Guerra Mundial. E não queremos que isso aconteça", afirmou.
Trump comentou ainda sobre um possível encontro entre a delegação americana e os líderes europeus e afirmou que Washington só participará "se acreditarmos que há uma boa chance de progresso" em um acordo de paz.

Contatos dos Estados Unidos e Ucrânia
Como parte dos esforços de paz, altos representantes dos EUA se reuniram em 30 de novembro com uma delegação ucraniana na Flórida e, posteriormente, na terça-feira (2), em Moscou, com o presidente russo, Vladimir Putin.
A proposta inicial de paz dos EUA, divulgada no mês passado, foi parcialmente modificada durante as consultas realizadas com a parte ucraniana em 23 de novembro na cidade suíça de Genebra e depois na Flórida.
Por sua vez, o presidente russo descreveu as conversas com Washington como úteis, destacando que, entre os temas debatidos, foram discutidas propostas norte-americanas sobre o conflito ucraniano com as quais Moscou não concordava.
A proposta de Moscou prevê que Kiev retire completamente suas tropas das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das províncias de Zaporozhie e Kherson (incorporadas à Rússia após consultas populares em 2022), reconhecendo esses territórios, bem como a Crimeia e Sebastopol, como parte da Rússia. Além disso, deve ser garantida a neutralidade e a não-alinhamento de Ucrânia, assim como sua desnuclearização, desmilitarização e desnazificação.
