
Moscou é reconhecida pela Forbes como uma das melhores cidades do mundo para turistas

Moscou foi reconhecida pela Forbes na quarta-feira (11) como uma das melhores cidades do mundo para turistas, com comparações de cidades como Pequim e Dubai. A avaliação chega em meio ao processo de modernização da capital russa, que aposta no turismo como novo como motor econômico.

Em 2024, a cidade registrou uma alta de 32% nas receitas do setor, chegando a 235 bilhões de rublos (R$16,7 bilhões). O mercado de turismo de Moscou movimentou ₽1,5 trilhão de rublos (R$105 bilhões) no ano.
O movimento acompanha a guinada estratégica da Rússia em direção ao Oriente. Com a queda de visitantes ocidentais após o início do conflito na Ucrânia, Moscou passou a focar em países da Ásia, Oriente Médio e integrantes do BRICS.
Apenas em 2023, a cidade recebeu cerca de 2,3 milhões de turistas estrangeiros, principalmente da China, Índia, Turquia e Irã, enquanto o fluxo de visitantes chineses bateu 429 mil pessoas em 2024. No primeiro semestre de 2025, as chegadas internacionais cresceram mais 10% na comparação anual.
A aposta russa se apoia na experiência urbana. A Forbes destaca que Moscou oferece "robôs, serviços eficientes, ruas limpas e transporte rápido", elementos que, segundo analistas, são caros ou ineficientes em muitas capitais ocidentais.
A cidade transformou sua infraestrutura com tecnologia de ponta: pagamentos totalmente digitais, Wi-Fi público amplo, aplicativos de mobilidade em tempo real, museus com tickets por QR code e até robôs operando na limpeza e em entregas. Junto a isso, indicadores de segurança melhoraram, com Moscou superando megacidades ocidentais, como Nova York e Londres, em rankings globais.
O crescimento de Moscou ocorre em um momento em que o turismo assume papel importante na economia russa como um todo. O setor movimenta cerca de ₽ 7,47 trilhões (R$ 500 bilhões) no PIB nacional e gera mais de 3,5 milhões de empregos. A previsão é de que o turismo doméstico continue ascendendo até 2034, com aumento estimado de 25% nos gastos internos.

