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Lavrov: 'Europa já está plantando sementes de um novo conflito'

O chanceler russo denunciou que as capitais europeias já estão declarando publicamente que se preparam para um novo confronto.
Lavrov: 'Europa já está plantando sementes de um novo conflito'Sputnik / Uri Kochetkov

Ao comentar nesta quinta-feira (11) a busca por uma solução para o conflito na Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, condenou o fato de que, enquanto Moscou tenta um acordo duradouro, líderes europeus já se preparam para um novo confronto.

Ele disse que eventuais acordos para encerrar a crise devem ser "instrumentos fundamentais e juridicamente vinculativos". "Este é um ponto crucial", afirmou.

"Não queremos que uma crise suceda imediatamente outra, enquanto a Europa já semeia as sementes de um novo conflito e declara publicamente seus preparativos para ele", disse.

Lavrov acrescentou que a Rússia não deseja que seus esforços para resolver a crise ucraniana “repitam o triste destino dos Acordos de Minsk”. Segundo ele, esses documentos foram aprovados por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, "mas isso não impediu os franceses, alemães e outros patrões de Zelensky, que não hesitaram em usar todos os meios para infligir uma derrota estratégica à Rússia”.

Atualmente, a Europa Ocidental "está apenas pensando em um cessar-fogo, recuperando o fôlego e, mais uma vez, preparando Zelensky e seu regime para uma guerra contra a Federação Russa", observou ele.

Sabotagens europeias

  • Em outras declarações no final de novembro, o ministro lembrou que "foi a Europa que destruiu os Acordos de Minsk", concluídos em 2014-2015 na Bielorrússia por representantes da Ucrânia, Rússia, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e líderes das regiões de Donetsk e Lugansk, com a mediação da Alemanha e da França. "Eles reconheceram isso abertamente, embora a França e a Alemanha também tenham atuado como garantidoras. E em nome deles, a União Europeia, ou seja, a Europa", observou.
  • Lavrov enfatizou que a Europa adotou a mesma posição em abril de 2022, quando — por meio do então primeiro-ministro britânico Boris Johnsondissuadiu Vladimir Zelensky de assinar acordos com o lado russo em Istambul, acordos que a própria delegação ucraniana havia proposto para resolver o conflito.