Notícias

'Por desespero, Ocidente tenta agravar situação e continuar em pé de guerra', afirma Lavrov

Ao promover a ideia de uma suposta ameaça militar vinda de Moscou, os líderes ocidentais estão tentando "se manter no poder e evitar cair em desgraça", enfatizou o chanceler russo.
'Por desespero, Ocidente tenta agravar situação e continuar em pé de guerra', afirma LavrovGettyimages.ru / Ukrainian Presidency

Nesta quinta-feira (11), durante mesa redonda sobre o conflito na Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que países ocidentais tentam agravar a crise e manter-se em estado de guerra.

"Todos entendem o que está acontecendo, como o Ocidente, em desespero, está tentando agravar a situação e manter sua postura beligerante", disse Lavrov, ao comentar declarações de políticos europeus que defendem ataques preventivos contra a Rússia.

O ministro afirmou que líderes ocidentais esperam que a divulgação de uma suposta "ameaça militar" de Moscou lhes permita "permanecer no poder e evitar cair em desgraça".

"Na nossa opinião, é assim que a maioria das elites da Europa Ocidental se comporta", acrescentou.

Para o chanceler, existe na Europa uma minoria que busca estratégias para resolver o conflito ucraniano, "formas de reduzir as tensões e criar caminhos para uma solução política".

"E essa política de alguns países europeus é coerente com as ações do governo Trump, que há muito tempo passou das palavras aos atos e conseguiu usar sua influência em Kiev para persuadir Zelensky a voltar a trabalhar nas perspectivas de negociação", afirmou.

"Europa já está plantando sementes de um novo conflito"

O chanceler russo afirmou que, enquanto as negociações entre Moscou e Washington se concentram em encontrar uma solução duradoura para o conflito, a Europa "está apenas pensando em um cessar-fogo, recuperando o fôlego e preparando Zelensky e seu regime para uma guerra contra a Rússia".

Lavrov reiterou que Moscou defende um pacote de acordos que garanta uma paz firme e duradoura, com garantías para todas as partes envolvidas no conflito, e não uma mera trégua que não ponha fim definitivo aos combates. O chanceler denunciou a disseminação de especulações e todo tipo de "vazamentos destrutivos e falsidades" sobre o conflito em curso.

"Percebemos que o principal objetivo dessas ações, iniciadas por nossos colegas ocidentais, é dificultar a busca por uma solução negociada e prolongar o conflito", explicou ele.