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Suprema Corte britânica determina que Assange tem direito de recorrer contra sua extradição

O fundador do WikiLeaks pode pegar até 175 anos de prisão em solo americano.
Suprema Corte britânica determina que Assange tem direito de recorrer contra sua extradiçãoAP / Frank Augstein

O Tribunal Superior Britânico concedeu a Julian Assange o direito de recorrer de sua extradição para os Estados Unidos.

Embora o Governo britânico tenha aprovado a entrega do fundador do WikiLeaks às autoridades norte-americanas em junho de 2022, a defesa de Assange conseguiu levar o caso ao Tribunal Superior de Londres para recorrer da extradição, insistindo que o jornalista australiano não tem garantia de um julgamento justo nos EUA.

No final de março deste ano, a Suprema Corte da capital britânica havia congelado o processo por três semanas antes de conceder a Assange a chance de apresentar um recurso, para que Washington fornecesse as garantias necessárias durante esse período, deixando o ativista com um destino incerto.

A equipe jurídica de Assange não considera as garantias oferecidas suficientes para a a realização de um processo legal perante o sistema judiciário dos EUA. O país alegou que o fundador do WikiLeaks poderia contar com os direitos e proteções garantidos pela primeira emenda da Constituição, mas que essa decisão estaria, em última instância, nas mãos de um juiz.

Anteriormente, Washington havia alegado que argumentariam, durante a audiência, que Assange não tem direito às proteções constitucionais por não ser um cidadão americano.

Se extraditado para os EUA, Assange poderá pegar até 175 anos de prisão por ter publicado centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e telegramas diplomáticos confidenciais sobre as atividades de Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão.