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Trump diz ter discussões 'duras' com a Europa sobre o conflito na Ucrânia

Presidente dos Estados Unidos afirmou ter divergências com os líderes da França, Alemanha e Reino Unido sobre como o conflito ucraniano deve ser resolvido.
Trump diz ter discussões 'duras' com a Europa sobre o conflito na UcrâniaGettyimages.ru / Aaron Schwartz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (10) ter discutido a resolução do conflito ucraniano com três líderes europeus em "termos bastante firmes", em meio aos seus esforços para pôr fim ao conflito e às negociações para implementar o plano de paz promovido por seu governo.

"Conversamos com os líderes da França, da Alemanha e do Reino Unido, todos eles ótimos líderes e grandes amigos meus. E discutimos a Ucrânia em termos bastante duros", declarou o chefe da Casa Branca em uma coletiva de imprensa.

Trump explicou que tinha "algumas pequenas divergências" sobre a Ucrânia com seus homólogos europeus e que eles haviam solicitado uma reunião com uma delegação americana na Europa para discutir o conflito ucraniano. No entanto, ele enfatizou que, antes de decidir se realizaria a reunião, queria entender por que ela era necessária.

"Não queremos perder tempo", disse ele.

O presidente republicou um artigo do New York Post em sua conta no Truth Social na segunda-feira (8), intitulado "Europeus impotentes só podem ficar furiosos porque Trump os exclui, com razão, do acordo com a Ucrânia". O artigo critica os líderes europeus que querem minar os esforços do presidente americano ao se oporem ao plano de paz de seu governo.

Contatos dos EUA com a Rússia e a Ucrânia

Como parte dos esforços de paz, altos funcionários dos EUA se reuniram com uma delegação ucraniana, na Flórida, em 30 de novembro e, em seguida, com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou na última terça-feira (2).

A proposta inicial de paz dos EUA, que foi divulgada em novembro, foi parcialmente modificada durante as consultas realizadas com a delegação ucraniana em 23 de novembro em Genebra, na Suíça, e posteriormente na Flórida.

Por sua vez, o presidente russo descreveu as conversas com Washington como úteis, especificando que, entre os assuntos discutidos durante a reunião, estavam as propostas dos EUA para uma solução para o conflito ucraniano, com as quais Moscou discordou.

A proposta de Moscou estipula que Kiev retire completamente suas tropas das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk e das províncias de Zaporíjia e Kherson (incorporadas à Rússia após referendos populares em 2022) e reconheça esses territórios, bem como a Crimeia e Sebastopol, como partes integrantes da Federação da Rússia. Além disso, exige garantias de neutralidade, não alinhamento, desnuclearização, desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.