
Lavrov: 'Rússia é sinceramente grata a Pyongyang pela ajuda na libertação de Kursk'

A Rússia agradece à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) pela ajuda na libertação da província russa de Kursk das tropas ucranianas, declarou nesta quarta-feira (10) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

Lavrov declarou que Moscou e Pyongyang estão desenvolvendo uma "parceria estratégica" com base em um acordo assinado pelos líderes dos dois países no verão de 2024.
"Somos sinceramente gratos aos nossos amigos coreanos pela assistência prestada na libertação da província de Kursk dos combatentes ucranianos", acrescentou.
Segundo Lavrov, existem "grandes perspectivas para o desenvolvimento das relações bilaterais" entre a Rússia e a República Popular Democrática da Coreia em vários domínios e em acções conjuntas no âmbito da ONU.
"Nunca esqueceremos"
- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da RPDC, Kim Jong-un, assinaram o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente durante a visita do presidente russo ao país asiático em junho de 2024.
- O artigo 4 do acordo estabelece que se uma das partes for atacada por outro Estado ou por vários países, como aconteceu na província russa de Kursk, e estiver em estado de guerra, a outra parte prestará imediatamente assistência militar ou outra ajuda por todos os meios disponíveis, de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas.
- Em 6 de agosto de 2024, unidades das Forças Armadas da Ucrânia cruzaram a fronteira do estado russo e invadiram a província de Kursk. Milhares de civis ficaram encurralados no território ocupado, muitos deles forçados a sobreviver sob bombardeamentos, sem comida, água ou medicamentos.
- Em 26 de abril de 2025, graças aos esforços conjuntos das forças russas e dos soldados da República Popular Democrática da Coreia, foi anunciada a libertação completa da província. As perdas totais das tropas ucranianas ultrapassaram 76 mil soldados.
- Vladimir Putin, agradeceu aos soldados norte-coreanos em mais de uma ocasião pelo feito. "Nunca esqueceremos os sacrifícios feitos pelas forças armadas e pelas famílias dos militares", afirmou ele.

