
Europa enfrentará 'graves consequências' em caso de confisco de ativos russos, garante Kremlin

A Europa enfrentará "graves consequências" caso confisque ativos russos congelados no continente, alertou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista ao jornal Izvestia divulgada nesta terça-feira (9).
"Tais medidas não ficarão sem resposta, elas terão consequências muito graves para os países, para as pessoas jurídicas e para as pessoas físicas", assegurou Peskov.

Ainda segundo o funcionário, Moscou já sabe como agir caso Bruxelas siga seu plano, que segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, envolve "roubo de propriedade alheia".
Europa ameaça sistema internacional
No sábado (6), a Chancelaria russa fez um novo alerta sobre o possível confisco de ativos congelados, apontando que a medida pode gerar riscos para todo o sistema financeiro internacional.
Em comunicado, a chancelaria afirmou que "as tentativas de expropriação de ativos soberanos de bancos centrais criam riscos para todos os Estados que mantêm fundos em jurisdições ocidentais".
O ministério rechaçou o uso de medidas coercitivas, que contrariam a Carta da ONU. Além disso, apontou que a Rússia tem sido "objeto de medidas de pressão econômica sem precedentes" nos últimos anos.
- A Rússia expressou reiteradamente sua oposição a qualquer utilização de seus ativos congelados. O presidente Vladimir Putin classificou o possível confisco como "roubo" e advertiu que Moscou prepara contramedidas. O mandatário russo também explicou que a iniciativa teria "consequências negativas para o sistema financeiro mundial", uma vez que toda a confiança na zona do euro "despencaria".
