Presidente hondurenha defende anulação do pleito e denuncia fraude a órgãos internacionais

A presidente de Honduras, Xiomara Castro, defendeu nesta terça (9) a anulação das eleições presidenciais realizadas no país e solicitou a intervenção de organismos internacionais diante do que classificou como uma "fraude generalizada".

Em pronunciamento oficial, ela apoiou a denúncia apresentada pelo Partido Liberdade e Refundação (Libre), legenda à qual é vinculada, e acusou interferência externa no processo eleitoral.

"Estamos vivenciando um processo marcado por ameaças, coerção, manipulação do TREP (Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares) e adulteração da vontade popular. Essas ações constituem um golpe eleitoral em curso, que denunciaremos", declarou o presidente.

A legenda sustenta que o sistema TREP foi usado de forma fraudulenta, com manipulação do código-fonte, falhas nas autenticações biométricas e inconsistências em mais de 95% dos registros transmitidos. O comunicado ainda relata que eleitores receberam mensagens com ameaças relacionadas à suspensão de remessas internacionais para pressionar votos.

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A denúncia foi encaminhada pelo Libre a organismos como a ONU, a OEA e a CELAC, com pedido de abertura de investigações sobre o que a sigla define como "terrorismo eleitoral". Xiomara Castro defendeu que essas entidades atuem com urgência para garantir a transparência do processo e a preservação da democracia hondurenha.

Com a apuração paralisada há mais de 24 horas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) alegou "problemas técnicos fora do controle" e informou que prazos para contestações e recontagens foram estendidos até 15 de dezembro.