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'A gente não precisa de genocídio', diz Lula ao defender PEC da segurança

Presidente quer atuação da União no combate ao crime sem ferir autonomia dos estados.
'A gente não precisa de genocídio', diz Lula ao defender PEC da segurançaRicardo Stuckert / Presidência da República

Durante cerimônia realizada nesta segunda-feira (9), para regulamentação das novas regras de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou publicamente deputados e senadores pela aprovação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública.

Lula defendeu a necessidade de se estabelecer o papel da União na segurança pública, ressaltando que a medida deve respeitar a autonomia dos governadores. Para o mandatário, a ausência de uma atuação clara do governo federal tem prejudicado o enfrentamento da criminalidade.

"É importante aprovar para a gente definir qual é o papel da União na participação da questão da segurança pública. Nós vamos definir onde é que a gente entra e como é que a gente entra sem ferir a autonomia dos governadores", afirmou Lula durante o evento.

O presidente reforçou que o governo federal não pode continuar ausente em temas ligados à segurança e criticou ações violentas como método de combate ao crime organizado.

"O que não dá é para não ter um papel relevante do governo federal na questão da segurança pública. E é por isso que eu queria pedir para os senadores e deputados aprovar a chamada PEC da segurança para saber se a gente tem uma definição do papel, que hoje é o problema mais grave do país", disse.

Lula também condenou políticas de segurança baseadas na letalidade e defendeu investimentos em inteligência e atuação qualificada das forças de segurança.

"É ter gente que acha que é tudo resolvido matar. Eu não acho. Eu acho que investir em inteligência, nas pessoas certas, no lugar certo, a gente não precisa de genocídio para enfrentar o banditismo", concluiu o presidente.