
'A gente não precisa de genocídio', diz Lula ao defender PEC da segurança

Durante cerimônia realizada nesta segunda-feira (9), para regulamentação das novas regras de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou publicamente deputados e senadores pela aprovação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública.
Lula defendeu a necessidade de se estabelecer o papel da União na segurança pública, ressaltando que a medida deve respeitar a autonomia dos governadores. Para o mandatário, a ausência de uma atuação clara do governo federal tem prejudicado o enfrentamento da criminalidade.

"É importante aprovar para a gente definir qual é o papel da União na participação da questão da segurança pública. Nós vamos definir onde é que a gente entra e como é que a gente entra sem ferir a autonomia dos governadores", afirmou Lula durante o evento.
O presidente reforçou que o governo federal não pode continuar ausente em temas ligados à segurança e criticou ações violentas como método de combate ao crime organizado.
"O que não dá é para não ter um papel relevante do governo federal na questão da segurança pública. E é por isso que eu queria pedir para os senadores e deputados aprovar a chamada PEC da segurança para saber se a gente tem uma definição do papel, que hoje é o problema mais grave do país", disse.
Lula também condenou políticas de segurança baseadas na letalidade e defendeu investimentos em inteligência e atuação qualificada das forças de segurança.
"É ter gente que acha que é tudo resolvido matar. Eu não acho. Eu acho que investir em inteligência, nas pessoas certas, no lugar certo, a gente não precisa de genocídio para enfrentar o banditismo", concluiu o presidente.
