
'Com certeza!': Trump não descarta invasão à Venezuela e ataques a México e Colômbia

O presidente dos EUA, Donald Trump, não descartou a possibilidade de uma agressão militar contra outros países latino-americanos, após a recente onda de agressões no Caribe.
Questionado pelo Politico sobre a possibilidade de lançar ataques contra países como México e Colômbia, considerados "ainda mais responsáveis pelo tráfico de fentanil para os EUA", Trump respondeu: "Sim, eu faria, claro que faria".

"Não quero descartar nem aprovar nada. Não falo sobre isso", disse o presidente a respeito do envio de tropas terrestres para a Venezuela, explicando que não queria discutir "estratégia militar".
Há três semanas, durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, ele advertiu: "Eu lançaria ataques contra o México para deter o narcotráfico? Não tenho problema nenhum com isso."
Na mesma ocasião, ele também mencionou a Colômbia, afirmando que teria "orgulho" de bombardear laboratórios de cocaína no país sul-americano.
Essas ameaças ocorrem em meio à campanha militar lançada no Caribe e no Pacífico, sob o pretexto de, supostamente, “combater o narcotráfico”. Desde 2 de setembro, essa campanha tem como alvo pequenas embarcações, acusando-as de transportar drogas. Nesse período, os EUA afundaram cerca de vinte dessas embarcações e mataram pelo menos 80 pessoas, em ações que foram criticadas como execuções extrajudiciais.
Agressões dos EUA
- Em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
- Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
- Em meados de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano. Em resposta, Maduro perguntou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos?" "Alguém acredita que a CIA não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
- As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
- O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, supostamente para combater o narcotráfico, que resultaram em mais de 60 mortos. Especialistas e governos classificaram os ataques como execuções extrajudiciais. As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
- Os bombardeios também foram criticados pelos governos de países como Colômbia, México e Brasil, bem como por peritos da ONU, que afirmaram tratar-se de "execuções sumárias", em violação ao que consagra o direito internacional.
