'Completamente inaceitável': China condena ameaças militares do Japão

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou na segunda-feira (8) que o Japão visa ameaçar militarmente o país ao adotar uma postura favorável à independência de Taiwan, o que classificou como "completamente inaceitável", segundo a agência Xinhua.

Em conversa com o chanceler alemão, Johann Wadephul, Wang lembrou que o Japão reconheceu em várias ocasiões que Taiwan pertence à China.

Citou a Declaração do Cairo, de 1943, que determinava a devolução a Pequim de territórios ocupados por Tóquio, incluindo a ilha, e ressaltou que o documento foi reafirmado em 1945 na Declaração de Potsdam, aceita pelo imperador japonês após a rendição.

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Wang destacou ainda que pareceres jurídicos da ONU confirmam a soberania chinesa sobre Taiwan, assim como a Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972 e o Tratado de Paz e Amizade de 1978 entre os dois países e acrescentou que "o estatuto de Taiwan como território da China foi inequivocamente e irreversivelmente afirmado por uma série de fatos históricos e jurídicos irrefutáveis".

"É completamente inaceitável"

Ao observar que este ano marca o 80º aniversário do fim da ocupação japonesa da China, Wang afirmou que Tóquio deveria adotar uma postura mais prudente e agir com maior cautela.

"No entanto, agora sua atual líder está tentando explorar a questão de Taiwan — o próprio território que o Japão colonizou por meio século, cometendo inúmeros crimes contra o povo chinês — para criar problemas e ameaçar militarmente a China. Isso é completamente inaceitável", declarou.

• As tensões entre os dois países se intensificaram após Tóquio acusar Pequim de apontar radares de controle de tiro de aviões de combate chineses contra caças japoneses.