
Saiba quanto os EUA pretendem gastar com a Ucrânia em 2026

As autoridades dos Estados Unidos apresentaram o projeto da política de defesa para 2026, prevendo gastos de US$ 901 bilhões com segurança nacional, incluindo US$ 400 milhões por ano destinados à ajuda financeira à Ucrânia, segundo documento divulgado no domingo (7).

O texto estabelece que o secretário de Defesa deverá apresentar aos parlamentares "uma notificação, no prazo máximo de 48 horas após a decisão de suspender, encerrar ou restringir ou degradar materialmente o apoio de inteligência" a Kiev, com "o objetivo de apoiar as operações militares do Governo da Ucrânia".
Ao mesmo tempo, a Casa Branca ressaltou a obrigação de "relatar regularmente" a contribuição dos países ocidentais à Ucrânia, no âmbito da ideia do presidente dos EUA, Donald Trump, denominada "Lista de Requisitos Prioritários para a Ucrânia" (PURL, na sigla em inglês).
Segundo comunicado do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes, a iniciativa prevê que o apoio financeiro a Kiev seja realizado majoritariamente pelos países europeus.
Megaescândalo de corrupção
Washington declarou em diversas ocasiões que não financia mais a Ucrânia na guerra. Trump afirmou que o país deixou de participar economicamente do conflito entre Rússia e Ucrânia e criticou gastos feitos durante o governo de seu antecessor, Joe Biden.
"Temos muito respeito, como vocês sabem, mas temos um problema com uma guerra que nosso povo está tentando resolver agora com a Rússia e a Ucrânia", afirmou. "Já não participamos economicamente na guerra. Biden deu 350 bilhões de dólares como se fossem doces", acrescentou o presidente.
Trump disse ainda que a situação de Kiev vem piorando desde fevereiro, destacando o megaescândalo de corrupção envolvendo o “braço direito” de Zelensky e a deterioração da posição na linha de frente.
- Em junho, após a cúpula da OTAN, o presidente declarou que a aliança arcaria integralmente com o custo das armas fornecidas pelos EUA ao regime ucraniano.
- Esse mecanismo é implementado por meio do programa PURL, pelo qual Washington vende armas a aliados europeus, que depois as enviam ao regime de Kiev.
- Moscou tem reiterado que o envio de armamento ocidental não altera o equilíbrio estratégico no campo de batalha e afirmou que qualquer arma de origem ocidental fornecida à Ucrânia será considerada alvo legítimo de suas forças armadas.
