França treina nova unidade de inteligência que "pode ser útil" na Ucrânia
As Forças Armadas da França estão preparando uma nova unidade de inteligência "ultradiscreta" que "seria útil na Ucrânia". Batizada de "grupo FRAN", a unidade tem a tarefa de entrar em território inimigo sem ser detectada, noticiou a RTL.
O treinamento faz parte dos exercícios da OTAN na Estônia, dos quais participam cerca de 14.000 soldados da Aliança. "Nós nos infiltraremos, tentaremos nos aproximar das linhas inimigas ou até mesmo rompê-las", explicou um dos membros da unidade, o sargento-mor Quentin.
"A partir daí, teremos duas soluções em termos de inteligência: implantar nosso drone ou, entre aspas, à moda antiga, usar nossos olhos. Podemos ver um pouco do terreno ao redor. É muito semelhante ao que encontramos na Ucrânia e nas Grandes Planícies Orientais. Portanto, para nós, é realmente interessante", acrescentou.
"Prontos para defender seu aliado"
O veículo afirma que os soldados que fazem parte do FRAN podem ficar escondidos "por horas em um arbusto" graças à sua camuflagem e usam drones para vigiar as tropas inimigas de 200 a 300 metros acima do solo. Além disso, "essa unidade experimental de soldados ultrassilenciosos também é responsável por localizar as trincheiras inimigas" a fim de coordenar as ações dos grupos de assalto.
"O sargento-mor Quentin e seus homens estão treinando em condições reais e dizem que agora estão prontos para defender seu aliado estoniano", conclui o jornal, observando que as manobras têm o objetivo de "mostrar à Rússia que uma invasão [da Estônia] não seria uma boa ideia".
Macron apoia o envio de tropas para a Ucrânia
Macron já declarou publicamente várias vezes que apoia o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia. Recentemente, argumentou que um contingente militar ocidental poderia ser enviado ao território ucraniano se o Exército russo conseguisse "romper a frente" e se Kiev fizesse uma solicitação nesse sentido. Além disso, afirmou que a possibilidade de tal ação não deve ser descartada 'a priori'.
Por sua vez, a Rússia advertiu que os militares franceses se tornarão alvos russos se aparecerem na zona de conflito. Na semana passada, Moscou anunciou um exercício surpresa sobre a preparação e o uso de armas nucleares não estratégicas em resposta a "declarações provocativas" de algumas autoridades ocidentais.