Homem é preso na Suíça após fazer publicação com crítica contra comunidade LGBT nas redes

Um tribunal suíço determinou a prisão de Emanuel Brünisholz após um comentário publicado no Facebook* considerado ofensivo à comunidade LGBT**. Segundo informações publicadas pela imprensa local na quinta-feira (4), a Justiça entendeu que a mensagem "ofendia publicamente a comunidade LGBT** por sua orientação sexual, violando assim a dignidade humana".

O caso começou em dezembro de 2022, quando Brünisholz comentou uma publicação de Andreas Glarner, conselheiro nacional do Partido Popular Suíço. Na ocasião, escreveu:

"Se você exumar pessoas LGBT** depois de 200 anos, só encontrará homens e mulheres entre os esqueletos; todo o resto é uma doença mental fomentada pelo currículo escolar", escreveu.

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Brünisholz foi interrogado pela polícia oito meses depois. Em setembro de 2023, a promotoria emitiu uma ordem penal que resultou em multa suspensa de 3,1 mil dólares (R$ 16,8 mil, na cotação atual), outra multa de 621 dólares (R$ 3,3 mil) e 995 dólares (R$ 5,4 mil) em honorários.

O condenado recorreu, mas não obteve êxito. Ao se recusar a pagar a multa adicional, foi levado à prisão na terça-feira (2) para cumprir dez dias de detenção, conforme determinação judicial.

A repercussão do caso gerou debate no país. Apoiadores de Brünisholz pediram por mais liberdade de expressão, ressaltando que o homem foi preso por "falar a verdade".

"A lei, que deveria proteger a liberdade, foi usada para miná-la", disse a ONG Aliança pela Liberdade de Expressão.

*A Meta é classificada na Rússia como uma organização extremista, e suas redes sociais são proibidas em seu território.

**O movimento internacional LGBT é classificado como uma organização extremista no território da Rússia e proibido no país.