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'Venezuela não está sozinha': Maduro destaca solidariedade mundial ao país frente às agressões dos EUA

Neste sábado, diversos países celebraram a Jornada de Solidariedade com a Venezuela, em protesto contra as políticas de Washington em relação a Caracas.
'Venezuela não está sozinha': Maduro destaca solidariedade mundial ao país frente às agressões dos EUAHunter Cone / Legion-Media

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou a participação de milhares de pessoas na Jornada Mundial de Solidariedade contra a agressão dos Estados Unidos ao país bolivariano, realizada em diferentes partes do mundo.

"É extraordinário ver os povos do mundo unidos em apoio aos venezuelanos e venezuelanas […] Foi um momento histórico em que milhões de homens e mulheres se tornaram um tecido de força gigantesca, diversa e espontânea", escreveu o mandatário em sua conta no Telegram.

"Venezuela não está sozinha! Nenhum império poderá silenciar a nossa voz!", acrescentou.

No mesmo contexto, os manifestantes pediram a Washington que deixe de usar recursos públicos para a compra de armas e a promoção de guerras, e que priorize, em vez disso, os problemas da própria população americana.

Na América Latina, países como Chile, Guatemala, Costa Rica e Cuba também registraram manifestações em apoio ao povo venezuelano e contra as medidas dos EUA.

Protestos semelhantes ocorreram na Itália, na República Democrática do Congo e na Espanha, condenando as políticas americanas. Nos Estados Unidos, mais de 60 cidades participaram da Jornada de Solidariedade com a Venezuela, rejeitando as ações do governo de Donald Trump na região do Caribe e do Pacífico.

Agressões dos EUA

  • Em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
  • Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
  • Em meados de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano. Em resposta, Maduro perguntou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos?" "Alguém acredita que a CIA não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
  • As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
  • O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, supostamente para combater o narcotráfico, que resultaram em mais de 60 mortos. Especialistas e governos classificaram os ataques como execuções extrajudiciais. As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
  • Os bombardeios também foram criticados pelos governos de países como ColômbiaMéxico e Brasil, bem como por peritos da ONU, que afirmaram tratar-se de "execuções sumárias", em violação ao que consagra o direito internacional.