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IMAGENS FORTES: EUA atacam 'narcolancha' no Pacífico

Segundo a Guarda Costeira, trata-se da maior apreensão no mar em mais de 18 anos.
IMAGENS FORTES: EUA atacam 'narcolancha' no PacíficoX / USCG

A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou um vídeo de uma operação antidrogas no Pacífico Oriental, durante a qual foram supostamente confiscadas mais de 20 mil libras de cocaína, mais de 9 mil quilos. Segundo o órgão, trata-se da "maior apreensão no mar em mais de 18 anos".

As imagens mostram um atirador de elite a bordo de um helicóptero disparando contra uma embarcação de alta velocidade. A operação, chamada Pacific Viper, ocorre em meio a tensões na região após o aumento da presença militar dos EUA no Caribe e no Pacífico, sob o argumento de combater o narcotráfico internacional. Caracas classificou essas ações como agressão e as denunciou como parte de uma tentativa de se apoderar das vastas riquezas petrolíferas e gasíferas da Venezuela.

ATENÇÃO IMAGENS SENSÍVEIS:

Agressões dos EUA

  • Em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
  • Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
  • Em meados de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano. Em resposta, Maduro perguntou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos?" "Alguém acredita que a CIA não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
  • As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
  • O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, supostamente para combater o narcotráfico, que resultaram em mais de 60 mortos. Especialistas e governos classificaram os ataques como execuções extrajudiciais. As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
  • Os bombardeios também foram criticados pelos governos de países como ColômbiaMéxico e Brasil, bem como por peritos da ONU, que afirmaram tratar-se de "execuções sumárias", em violação ao que consagra o direito internacional.