
Suécia corta ajuda a cinco países africanos e latino americanos para aumentar apoio à Ucrânia

O governo sueco anunciou nesta sexta-feira que vai eliminar gradualmente a ajuda financeira ao desenvolvimento de cinco países, principalmente africanos, nos próximos meses, liberando recursos para ampliar significativamente o apoio a Kiev.

Segundo Benjamin Dousa, ministro de Cooperação para o Desenvolvimento e Comércio Exterior, "durante tempo demais a ajuda sueca esteve muito dispersa. Nossa tarefa é tomar as decisões difíceis necessárias para fornecer mais recursos à Ucrânia". Ele acrescentou que a medida poderá liberar mais de 2.000 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 1,13 bilhão) nos próximos dois anos, destinados a projetos como a reconstrução da infraestrutura energética ucraniana.
A imprensa local também relata que a decisão inclui a transformação da cooperação com os países afetados em alianças baseadas no comércio e nos interesses da política externa, e não mais focadas em assistência ao desenvolvimento.
Também serão fechadas as embaixadas da Suécia em três países africanos, Libéria, Zimbábue e Bolívia na América do Sul, com retirada da ajuda prevista até 31 de agosto de 2026. A assistência a Tanzânia e Moçambique, ambos na África, será gradualmente eliminada no mesmo período.
Desde que assumiu o poder em 2022, o atual governo sueco já cortou a ajuda a mais de dez países, incluindo Burkina Faso e Mali. Com a reestruturação da política de ajuda, a Suécia pretende destinar à Ucrânia pelo menos 10.000 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,06 bilhão ou R$ 5,65 bilhões) em 2026, cerca de 20% do total da assistência externa do país.
