
Maduro volta a usar boné do MST e saúda unidade dos povos do Brasil e da Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, saudou o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) na quinta-feira (4), durante o programa Con Maduro de Repente.
🇧🇷🤝🇻🇪 Maduro volta a usar boné do MST e saúda unidade dos povos do Brasil e Venezuelana💬 ''A vitória nos pertence!'', afirmou o presidente venezuelano em seu programa televisivo.Saiba mais 👉 https://t.co/IDiFvsACZSpic.twitter.com/UOLMRnvmOK
— RT Brasil (@rtnoticias_br) December 5, 2025
''Viva a unidade do povo do Brasil! Viva a unidade com o povo venezuelano! O povo do Brasil, atento, às ruas, para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania", afirmou o mandatário, em portunhol.

Ele também saudou a memória de Luís Carlos Prestes, principal liderança do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e um dos personagens mais importantes da história política do Brasil no século XX.
Em referência às agressões dos Estados Unidos na região, Maduro afirmou que seu país tem direito ''à paz com soberania''.
O governo venezuelano mantém boas relações com o movimento social brasileiro. Em março, Maduro anunciou a entrega de 180 mil hectares de terras ao MST, como parte de uma iniciativa que busca fortalecer a soberania alimentar da região.
Agressões dos EUA
- Escalada militar: Os Estados Unidos, em agosto, enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
- Falsos pretextos: Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
- Infiltrações de inteligência: O presidente americano Donald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro perguntou, em resposta: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
- Postura venezuelana: Maduro afirma que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
- Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, supostamente para combater o narcotráfico, que resultaram em mais de 60 mortos. Os bombardeios também foram criticados pelos governos de países como Rússia, Colômbia, México e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao que consagra o direito internacional.
