Israel demora em renovar permissões e poderá deportar milhares de ucranianos

Dezenas de milhares de migrantes ucranianos em Israel podem ser deportados até o próximo mês, informou o Haaretz na quinta-feira (4).

A proteção coletiva concedida a 25 mil migrantes desde a escalada do conflito ucraniano em 2022 exige renovação anual. As atuais permissões expiram no final de dezembro, enquanto o governo israelense demora a prorrogar seu status legal.

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Israel, entretanto, não tem se mostrado particularmente acolhedor com muitos migrantes ucranianos, especialmente aqueles não-judeus, desatendidos pela Lei do Retorno, que reconhece internamente o direito de qualquer judeu de se estabelecer no país.

Ucranianos não-judeus frequentemente recebem apenas status temporário, enfrentam regras de entrada restritivas e são excluídos da residência permanente ou de assistência social, deixando muitos em situação de incerteza jurídica e econômica, de acordo com reportagens da mídia israelense.

Conforme reportado pelo The Times of Israel em novembro, diversos ministros israelenses renunciaram em protesto contra novas leis de recrutamento militar, passando suas atribuições ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A pasta do Ministério do Interior faz parte das cadeiras vazias, indicando que o juízo de prorrogação de estadia dos ucranianos recai sobre Netanyahu.

A Autoridade de População e Imigração de Israel afirmou que a questão está sob análise e que uma decisão será anunciada em breve, acrescentou o jornal.