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País africano planeja fechar bases militares francesas em seu território
O primeiro-ministro senegalês comentou que seu país quer "ter seu próprio controle", mas isso é "incompatível" com a "presença duradoura de bases estrangeiras".
O primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, comentou em uma conferência conjunta com o político francês Jean-Luc Melenchon sobre a possibilidade de fechar as bases militares francesas que se encontram em território senegalês, informa a Reuters. O encontro teve lugar na quinta-feira, na capital senegalesa de Dakar.
"Mais de 60 anos após nossa independência [...] devemos questionar as razões pelas quais o Exército francês, por exemplo, ainda se beneficia de várias bases militares em território senegalês e o impacto dessa presença em nossa soberania nacional e em nossa autonomia estratégica", declarou Sonko.
O mandatário ainda afirmou que sua nação quer "ter seu próprio controle" e isso é "incompatível" com a "presença duradoura de bases estrangeiras". Ao mesmo tempo, mencionou que "muitos países têm prometido acordos de defesa", mas esses tratados não dão às "guarnições estrangeiras" o direito de ocupar "um terço da região de Dakar".
Por outro lado, Sonko enfatizou que seu Governo não abandonará a Aliança dos Estados do Sahel, que foi formada por Mali, Burkina Faso e Níger após sua saída da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). "Não abandonaremos nossos irmãos do Sahel e faremos tudo o que for necessário para fortalecer os laços", prometeu.
O primeiro-ministro senegalês também mencionou acordos relacionados à intenção de ter uma moeda flexível vinculada a pelo menos duas divisas, bem como a renegociação dos contratos de petróleo e gás. No caso da moeda flexível, Sonko explicou que essa medida tem como objetivo lidar com crises econômicas e apoiar a competitividade das exportações.