O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu a libertação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante visita ao Muro das Lamentações em Israel na quinta-feira (4).
O vídeo publicado nas redes sociais registra a passagem de Eduardo, cristão, vestindo um quipá, touca tradicional da fé judia, em momento de oração.
"Solta o Bolsonaro, Free Bolsonaro", escreveu o deputado junto a rascunhos das bandeiras do Brasil e de Israel em bilhete introduzido nas fendas do muro, uma tradição de súplica religiosa praticada nas ruínas do Templo de Herodes em Jerusalém.
O congressista se reuniu no mesmo dia com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e com o presidente do Parlamento, Amir Ohana.
Eduardo também publicou uma defesa das ações militares de Tel Aviv, caracterizando os integrantes do grupo palestino Hamas como "selvagens" e os comparando a Hitler.
"Quem tem a bússola moral em ordem apóia [sic] Israel contra terroristas", escreveu em seu perfil na rede X. "O povo judeu apenas se defende".
- Dados do genocídio: O Ministério da Saúde de Gaza, citado pela agência AP, informou no sábado (29) que forças israelenses já mataram mais de 70 mil pessoas desde a escalada do conflito, após ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
- Lobby estrangeiro: Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março deste ano, em uma autoproclamada campanha contra a perseguição política de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso desde o final de novembro.
- Investigado por coação: Diante de práticas lobistas com autoridades estrangeiras contra o andamento do processo, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado pelo crime de coação foi acolhida por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no fim de novembro.
- Excesso de faltas: O deputado acumula faltas em 52 das 67 sessões deliberativas deste ano no Congresso Nacional, sendo bloqueado de votações remotas, diante da natureza presencial do exercício parlamentar, e correndo o risco de perder seu mandato.