Estudo revela 'padrão claro' de operação internacional contra Cuba, diz chanceler do país

Análise apontou que operadores estrangeiros tentam influenciar política da ilha através da internet.

Uma análise feita com amostra de contas da rede social X muito ativas em campanhas contra o governo cubano revelou que nenhum dos perfis está na ilha. De acordo com a pesquisa, a maioria é operada a partir dos Estados Unidos ou da Europa.

"O ódio contra Cuba não é 'espontâneo' nem 'patriótico', e sim uma operação política organizada da extrema direita internacional, que busca fabricar apoio para uma intervenção", disse o chanceler cubano Bruno Rodríguez, se referindo ao estudo.

O Observatório de Mídia do Cubadebate analisou 30 contas que, segundo Rodríguez, mostraram um "padrão claro". 

"Quem defende endurecer o bloqueio, legitimar sanções e apresentar Cuba como um Estado ineficaz, não fala a partir da realidade da ilha, mas dos centros de poder que a pressionam", afirmou.

Nova função da rede social revela a localização

A análise se baseou na nova função do X, "sobre esta conta", que permite saber o país ou a região onde o perfil está registrado. Dados como a data de criação da conta e até em qual loja de aplicativos a rede social foi baixada também estão disponíveis.

Os perfis foram selecionados buscando os que se apresentavam como "vozes" de Cuba, dando a entender que operariam dentro da ilha. Segundo a pesquisa, 16 dessas contas operavam nos Estados Unidos, além de cinco da Espanha, duas com a localização genérica como "América do Norte" e uma em cada um dos seguintes países: México, Canadá, Alemanha, Portugal, Uruguai e República Tcheca.