
Putin: Rússia propôs retirar suas tropas, mas Kiev prefere guerra

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (4) que, apesar da disposição da Rússia em retirar suas tropas e se abster de qualquer ação militar em Donbass, a Ucrânia se recusou a desescalar, levando a situação "a um ponto crítico".
"Durante oito anos, não reconhecemos as repúblicas autoproclamadas [...] Tentamos melhorar as relações entre o resto da Ucrânia e essas repúblicas. Mas quando percebemos que isso era impossível, que elas estavam simplesmente sendo destruídas, fomos forçados a reconhecê-las", disse o presidente russo em entrevista à India Today.

Putin explicou que o reconhecimento desses territórios deveria ser feito não apenas "dentro das fronteiras administrativas que possuíam durante a época soviética", mas também dentro das fronteiras administrativas estabelecidas após a Ucrânia conquistar a independência.
"O povo, os eleitores, compareceram ao referendo e votaram pela retirada de todas as tropas e pelo não envolvimento em qualquer ação armada, mas [os dirigentes de Kiev] preferem continuar a guerra", afirmou.
Ele observou que existem apenas duas opções para a resolução do conflito, embora apenas um resultado. Segundo Putin, a Rússia libertará os territórios por meio de ação militar, ou "as tropas ucranianas recuam, abandonam esses territórios e param de matar pessoas".
- Vladimir Putin afirmou repetidamente que a Rússia está pronta para o diálogo e para uma solução do conflito ucraniano, desde que Kiev retire completamente suas tropas dos territórios das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, dos oblasts de Zaporozhie e Kherson (que se tornaram parte da Rússia após um referendo popular em 2022) e reconheça esses territórios, bem como a Crimeia e Sebastopol, como sujeitos da Federação Russa.
