Trump se pronuncia sobre telefonema com Maduro

O presidente dos EUA afirmou que seus objetivos na Venezuela vão "muito além" de uma "campanha de pressão".

O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira (3) que conversou com telefone com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, ocasião na qual lhe disse "algumas coisas", mas se recusou a fornecer outros detalhes sobre o diálogo.

"Na realidade, não estamos conduzindo uma campanha de pressão. Vai muito além disso, eu acho. Mas falei com ele brevemente, só disse algumas coisas. Veremos o que acontece", declarou Trump à imprensa, ao ser questionado sobre uma possível segunda conversa e sobre o andamento de uma "campanha de pressão" para forçar a saída de Maduro do poder.

Trump aproveitou para fazer acusações contra as autoridades venezuelanas, alegando que enviaram aos EUA "pessoas que não deveriam enviar".

Segundo ele, a Venezuela "esvaziou suas prisões" e enviou "assassinos", "homicidas", "narcotraficantes de alto nível" e "membros de gangues" ao território americano. O presidente também afirmou que o país teria "esvaziado suas instituições mentais" nos EUA, e acrescentou que outros países teriam feito o mesmo.

Maduro aberto ao diálogo

Por sua vez, Maduro se mostrou aberto a manter uma conversa franca com Trump, mas descartou ceder às pretensões dos EUA que atentem contra a soberania, a autodeterminação e a independência de seu país.

"Quem quiser dialogar, encontrará sempre em nós pessoas de palavra, decentes e com experiência para governar a Venezuela (…). Então, nos EUA, quem quiser falar com a Venezuela, falará 'face to face', cara a cara, sem problema algum. O que não se pode permitir é bombardear e massacrar um povo", afirmou semanas atrás em seu programa Con Maduro+.

Agressões dos EUA