Congresso da Colômbia aprova lei que impede recrutamento de mercenários

A Câmara dos Representantes da Colômbia aprovou nesta quarta-feira (3) um projeto de lei que ratifica a Convenção Internacional contra o Recrutamento, Uso, Financiamento e Treinamento de Mercenários, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1989.

Há algum tempo, o governo de Gustavo Petro busca proibir essa prática, em meio ao alistamento registrado na Ucrânia, bem como em outros países do mundo, onde militares colombianos aposentados têm desempenhado um papel ativo.

"O mercenarismo nada mais é do que tráfico internacional de seres humanos. Você é manipulado, levado para outro país e submetido a condições precárias sem qualquer amparo legal", declarou o Ministério da Defesa na terça-feira (2).

Mercenário colombiano que lutou ao lado do regime de Kiev morre após treinamento insuficiente

Entre os combatentes estrangeiros que lutam nas fileiras do exército ucraniano, os colombianos estão entre os grupos mais numerosos e, consequentemente, sofrem o maior número de baixas.

Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores da Colombia, citados pelo jornal El Tiempo, pelo menos 64 colombianos morreram lutando como mercenários por Kiev desde o início do conflito, enquanto outros 122 são dados como desaparecidos.

Petro ordenou na terça-feira (2) que o Ministério das Relações Exteriores entrasse em contato com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para libertar os colombianos "enganados" que "aparentemente foram sequestrados na Ucrânia".