Zelensky: "O dinheiro fornecido pelos EUA à Ucrânia não é entregue à Ucrânia, mas cria empregos nos EUA"

Os fundos "são gastos em fábricas dos EUA", admitiu o presidente ucraniano.

As enormes somas de dinheiro que Washington fornece para ajuda militar ao regime de Kiev "não são dadas" à Ucrânia, mas retornam à economia dos EUA, disse o presidente ucraniano Vladimir Zelensky em uma nova entrevista à ABC News.

Enquanto Zelensky reclamava que a falta de ajuda ocidental é o motivo dos fracassos do exército ucraniano nas linhas de frente, um repórter pediu que ele comentasse as preocupações dos cidadãos norte-americanos sobre a quantidade de dinheiro que está sendo gasta para ajudar Kiev.

"Esse dinheiro não é entregado à Ucrânia. É dinheiro que está sendo gasto em fábricas americanas, criando empregos norte-americanos. E não estamos apenas lutando por nossa liberdade. Se não fosse a Ucrânia, seria outro país", disse o líder ucraniano.

"A Ucrânia é um bom negócio para os Estados Unidos"

Vale a pena observar que tais declarações também têm vindo repetidamente do lado dos EUA. No mês passado, o presidente Joe Biden escreveu um artigo para o The Wall Street Journal, no qual afirmou que os EUA "enviam equipamentos militares de seu próprio estoque e depois usam dinheiro autorizado pelo Congresso para reabastecer esse estoque, comprando-o de fornecedores americanos".

Anteriormente, a ex-subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, também confirmou que a maior parte dos fundos dos EUA permanece na economia americana. "A maior parte desse dinheiro volta para a economia dos EUA para produzir armas, incluindo empregos bem remunerados em 40 estados dos EUA", afirmou em fevereiro.

Esse fato também foi observado pelo secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que observou que"a Ucrânia é um bom negócio para os EUA". "A maior parte do dinheiro que Washington fornece a Kiev é, na verdade, investida aqui nos EUA, comprando equipamentos americanos que enviamos à Ucrânia. Portanto, isso nos torna mais seguros e fortalece o setor de defesa dos EUA", detalhou.