Kremlin critica decisão da UE de abandonar gás russo

Segundo Dmitry Peskov, a Europa "está se condenando a usar fontes de energia muito mais caras".

Ao renunciar completamente ao gás russo, a Europa será obrigada a depender de recursos energéticos mais caros, declarou nesta quarta-feira (3) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Ao comentar a decisão da União Europeia de proibir qualquer fornecimento de gás da Rússia a partir de 2027, Peskov afirmou: "Isso significa que a Europa dependerá de um gás mais caro, e às vezes muito mais caro, do que o gás russo. Dessa forma, a Europa se condena a usar fontes de energia muito mais caras."

Segundo o porta-voz, a medida "inevitavelmente terá consequências para a economia europeia e reduzirá a competitividade da Europa."

"Isso só irá acelerar o processo que vem se desenvolvendo nos últimos anos, de perda do potencial de liderança da economia europeia", enfatizou Peskov.

Anteriormente, a Comissão Europeia emitiu um comunicado declarando que a UE "interromperá de forma efetiva e permanente as importações de gás russo e avançará rumo à eliminação gradual do petróleo russo".

De acordo com o plano europeu, "o fim gradual, porém definitivo, das importações de gás russo está garantido, com a eliminação progressiva das importações de GNL [gás natural liquefeito] até 31 de dezembro de 2026 e das importações de gás por gasoduto até 30 de setembro de 2027".