O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (2) que as Forças Armadas do país deverão intensificar os ataques contra portos e navios ucranianos em resposta aos ataques do regime de Kiev contra petroleiros e navios de carga comerciais perpetrados recentemente no Mar Negro.
Putin sublinhou que a Rússia irá elaborar medidas contra embarcações de países que ajudam a Ucrânia em suas ofensivas no Mar Negro caso os ataques continuem. Da mesma forma, o presidente russo ressaltou que Moscou poderá privar a Ucrânia do acesso ao mar se o regime de Kiev prosseguir com sua "pirataria" contra navios russos.
Ataques ucranianos no Mar Negro
Em 28 de novembro, lanchas não tripuladas ucranianas atacaram os petroleiros Kairos e Virat, que se dirigiam ao porto russo de Novorossiisk sob bandeira gambiana. No dia seguinte, o Virat foi alvo de outro ataque.
Na manhã de 29 de novembro, no porto de Novorossiysk, como resultado de um ataque com embarcações não tripuladas do mesmo tipo, ficou fora de serviço o dispositivo de atracagem remota VPU-2 do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (KTK, pelas suas siglas em russo), que reúne empresas do complexo de combustível e energia da Rússia, Cazaquistão, EUA e vários países da Europa Ocidental.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia denunciou que estes ataques foram orquestrados pelos serviços especiais do regime de Kiev, que "declararam sua participação, publicando nos meios de comunicação ucranianos vídeos com evidências dos atos terroristas".
"Condenamos veementemente os ataques terroristas que foram cometidos e as ações de todas as partes que contribuíram para seu planejamento e execução", ressaltou.
Na segunda-feira (1º) o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também condenou os ataques.
"Os ataques a navios mercantes em nossa zona econômica exclusiva marcam uma escalada preocupante", declarou o presidente turco, acrescentando que tais agressões injustificáveis "ameaçam a segurança da navegação, a vida e o meio ambiente".