
Bélgica ainda não está disposta a usar ativos congelados russos, indica chanceler do país

Ao responder uma postagem na rede social X na segunda-feira (1), o ministro das Relações Exteriores belga, Maxime Prevot, explicou a posição do país em relação a um possível empréstimo para a Ucrânia utilizando ativos congelados russos.
O político defendeu evitar o uso de ativos russos, admitindo insegurança jurídica e riscos financeiros.

"A melhor forma de proporcionar a ajuda financeira rápida de que a Ucrânia necessita é, portanto, contrair um empréstimo europeu clássico, em vez de se aventurar numa abordagem que não oferece a segurança jurídica necessária nem elimina os riscos financeiros sistêmicos", afirmou ele.
Prevot também reafirmou a falta de vontade dos países europeus de assumir a responsabilidade conjunta de uso de ativos:
"Não é por acaso que os países europeus não querem mostrar solidariedade e compartilhar os riscos, como temos pedido racionalmente há meses. Caso contrário, por que recusar essa mutualização de riscos?" concluiu o representante.
Os pontos levantados por Prevot convergem com a carta enviada na semana passada à Comissão Europeia pelo primeiro-ministro belga, Bart de Wever, que indicou que o país poderia facilitar a transferência de ativos para a Ucrânia, mas solicitou respaldo legal, político e mútuo da União Europeia.
- O presidente russo Vladimir Putin já afirmou que o confisco de ativos russos cobiçado pela Europa seria um "roubo", prometendo respostas caso ele fosse materializado.
- No último dia 25, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que apenas a Rússia pode decidir o destino de seus bens, em resposta ao presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que só os europeus teriam direito sobre os ativos russos ilegalmente congelados.
