O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou nesta segunda-feira (01) os ataques lançados por Kiev na última semana contra navios petroleiros no Mar Negro, próximo à costa turca, informou a imprensa local.
Ele advertiu que as agressões, realizadas nos dias 28 e 29 de novembro, ocorreram na zona econômica exclusiva turca, representando uma "preocupante escalada".
"Não podemos, de forma alguma, perdoar esses ataques que ameaçam a segurança da navegação, da vida e do meio ambiente, especialmente em nossa zona exclusiva", assegurou Erdogan, após reunião do Conselho de Ministros.
Ataques ucranianos
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, se pronunciou neste domingo (30) sobre os recentes ataques perpetrados pelo regime de Kiev no Mar Negro.
"Em 28 de novembro, perto da costa da Turquia, no sul do Mar Negro, uma embarcação não tripulada atacou e danificou os petroleiros Kairos e Virat, que se dirigiam ao porto de Novorossiysk sob bandeira gambiana. Na manhã seguinte, o petroleiro Virat foi atacado novamente", lembrou a porta-voz.
Zakharova acrescentou que, após esse episódio, na manhã de 29 de novembro, no porto marítimo de Novorossiysk, como resultado de um ataque com embarcações não tripuladas do mesmo tipo, o dispositivo de amarração remota VPU-2 do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (KTK, na sigla em russo) ficou fora de serviço. A porta-voz enfatizou que o KTK reúne "empresas do complexo de combustível e energia da Rússia, Cazaquistão, EUA e vários países da Europa Ocidental".
"Os serviços especiais do regime de Kiev, de fato, declararam sua participação nos ataques, publicando na mídia ucraniana um vídeo com evidências dos atos terroristas”, afirmou Zakharova. "Condenamos veementemente os ataques terroristas que foram cometidos e as ações de todas as partes que contribuíram para seu planejamento e execução", ressaltou.
A porta-voz destacou que o Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão também expressou sua rejeição ao ato de agressão contra a instalação, que é o terceiro sofrido pela KTK. "Salientamos que a infraestrutura energética civil que foi atacada desempenha um papel importante para garantir a segurança energética mundial e nunca foi objeto de qualquer restrição ou limitação internacional", destacou Zakharova.
- O Ocidente impôs restrições a Kairos e Virat por supostamente transportarem petróleo russo, violando as sanções. Moscou negou operar uma suposta "frota fantasma" para contornar as medidas ocidentais.