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China diz que Japão ignora 'atrocidades da guerra' e viola o direito internacional

Segundo Pequim, o país vizinho está ignorando os compromissos que permitiram seu retorno à comunidade internacional após a Segunda Guerra.
China diz que Japão ignora 'atrocidades da guerra' e viola o direito internacionalMinistério da Relações Exteriores da China

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, reagiu nesta segunda-feira (1) às declarações de autoridades japonesas que, nos últimos dias, tentaram reduzir a importância dos tratados que confirmam Taiwan como parte do território chinês.

''Sempre que questionado, o lado japonês simplesmente evita mencionar a Declaração do Cairo, a Proclamação de Potsdam e o Instrumento de Rendição do Japão — todos documentos que afirmam claramente que Taiwan deve ser devolvida à China —, assim como os quatro documentos políticos que formam a base das relações entre China e Japão e o compromisso político do governo japonês com o princípio de uma só China'', afirmou o representante, acusando Tóquio de ser evasivo e não explicar propriamente sua posição.

Nesse contexto, Jian afirmou que o novo governo japonês ignora suas obrigações perante o direito internacional e os próprios compromissos que permitiram seu retorno à comunidade internacional após a Segunda Guerra Mundial.

"Isso demonstra um claro esquecimento das atrocidades cometidas pelo militarismo japonês, uma séria falta de respeito pela história da Guerra Antifascista e um desafio aberto à autoridade da ONU e à ordem internacional do pós-guerra", disparou o alto diplomata.

Na sequência, Jian advertiu que o "curso da história não pode ser revertido e a linha vermelha da paz não deve ser cruzada". "O Japão tentou minimizar a situação enquanto continuava seguindo pelo caminho errado. A China não aceitará isso de forma alguma", acrescentou.

O alto diplomata concluiu seu pronunciamento com um apelo para Tóquio "aprender com as lições da história, refletir seriamente, levar em conta o que ouviu da China, retirar as declarações equivocadas — como é devido — e adotar medidas concretas para cumprir seus compromissos políticos com Pequim".

  • Taiwan se autogoverna com uma administração própria desde 1949, enquanto Pequim a considera como uma parte irrenunciável de seu território, e a maioria dos países, incluindo Rússia e Brasil, reconhece a ilha como parte integral da República Popular da China.

  • Diante das declarações separatistas dos dirigentes taiwaneses, Pequim enfatiza que a ilha "nunca foi um país nem jamais será", já que "Taiwan é uma parte inalienável do território da China".