O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou neste domingo (30) um pedido de indulto ao presidente israelense, Isaac Herzog, diante do andamento de processos criminais em que responde a crimes de corrupção desde 2019.
Netanyahu publicou em suas redes sociais uma declaração adiante do pedido, indicando que a continuação do julgamento "divide [a sociedade israelense] por dentro, estimula a discórdia e intensifica o ódio".
"Meu interesse pessoal sempre foi e permanece continuar o processo até o fim (...) mas a realidade de segurança e política, o interesse nacional, isso exige algo diferente", afirmou o premiê, enfatizando a inconveniência de seu julgamento à agenda do país. "Para superar as ameaças, para realizar as oportunidades, é necessária unidade nacional."
Netanyahu enfatizou em sua declaração que é convocado para prestar depoimentos três vezes por semana. Segundo a agência de notícias israelense Kann News, o premiê é acusado de fraude e quebra de confiança. Ainda no início do processo, em julho de 2020, Netanyahu já havia criticado o sistema judicial e descredibilizado as acusações.
"Eu não sou um cachorrinho, e portanto devo ser derrubado por todos os meios necessários. Funcionários da promotoria conspiraram para fabricar um caso contra mim. As investigações foram contaminadas e fabricadas desde o início", alegou.
Ecos aliados
O pedido de perdão oficializado pelo primeiro-ministro cita e reflete a manifestação similar do presidente americano, Donald Trump, em carta enviada anteriormente neste mês ao presidente Herzog e acessada pelo periódico The Hill.
"Embora eu respeite em absoluto a independência do sistema judiciário israelense e suas exigências, acredito que este "caso" contra Bibi (...) é uma perseguição política e injustificada", escreveu Trump.
Citado pelo portal israelense Zman, o Gabinete do Presidente observou que o pedido de indulto é "extraordinário e tem implicações significativas" e que o Presidente do Estado o analisará "com responsabilidade e seriedade".