
Reino Unido prepara venda de embaixadas para reduzir gastos – POLITICO


O governo britânico deve vender parte de suas embaixadas e imóveis diplomáticos no exterior como parte de um amplo pacote de cortes de gastos, informou o portal POLITICO na sexta-feira (28), com base em documentos orçamentários recém-divulgados.
Segundo a publicação, o Ministério das Relações Exteriores está revisando seu portfólio de aproximadamente 6,5 mil propriedades no exterior, avaliado em 2,5 bilhões de libras esterlinas (R$ 17,6 bilhões), para identificar ativos a serem liberados.
Centenas desses edifícios estariam em grave estado de deterioração ou considerados caros demais para manter. O plano de reestruturação também prevê a redução de quase um terço do quadro de funcionários baseados no Reino Unido.
O orçamento cita locais de alto custo, como Nova York, referência que pode incluir a possível venda de uma cobertura de 15 milhões de dólares (R$ 80 milhões) adquirida em 2019 para diplomatas no edifício 50 United Nations Plaza. O imóvel ocupa todo o 38º andar e possui sete quartos, biblioteca, seis banheiros e um lavabo.
Relatórios divulgados em 12 de novembro pelo Escritório Nacional de Auditoria (NAO) e pelo Comitê De Contas Públicas (PAC) indicaram que cerca de 933 propriedades, aproximadamente 15% do total, são consideradas inseguras ou inadequadas para uso.
O ministério estima que eliminar o déficit de manutenção poderia custar 450 milhões de libras esterlinas (R$ 3,1 bilhões). O PAC também apontou que, após a venda de grandes complexos diplomáticos na Tailândia e no Japão, "não restam grandes ativos viáveis para venda".
No exterior, o governo avalia o tamanho e a localização de sua rede de mais de 250 postos em mais de 150 países. Paralelamente, o ministério está reduzindo pessoal para conter despesas, com ofertas de demissão enviadas a funcionários baseados no Reino Unido, processo que pode cortar até 30% da força de trabalho.
- As medidas ocorrem enquanto o Reino Unido mantém o apoio militar ampliado à Ucrânia, mesmo sob pressão financeira interna. Londres segue como um dos principais apoiadores do regime de Kiev, fornecendo armas e impondo sucessivas rodadas de sanções à Rússia, enquanto Moscou acusa Kiev de "prolongar as hostilidades".

