Venezuela pede que países rejeitem firmemente o 'ato imoral de agressão' dos EUA

Comunicado oficial classifica declarações do presidente dos EUA como violação do Direito Internacional.

A Venezuela pediu neste sábado (29) que governos soberanos, organismos multilaterais e a ONU rejeitem "com firmeza" o que classificou como um "ato de agressão imoral" por parte dos Estados Unidos. A solicitação está em comunicado oficial divulgado por Caracas em resposta às declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o fechamento do espaço aéreo venezuelano.

"Fazemos um chamado direto à comunidade internacional, aos governos soberanos do mundo, à ONU e aos organismos multilaterais correspondentes, a rejeitar com firmeza este ato de agressão imoral que equivale a uma ameaça contra a soberania e segurança de nossa Pátria, do Caribe e do norte da América do Sul", afirma o governo bolivariano no texto.

Caracas declarou que seguirá exercendo plenamente sua soberania sobre o espaço aéreo, amparada pelo Direito Internacional, e rejeitou a tentativa de Washington de impor medidas unilaterais extraterritoriais.

"Venezuela seguirá exercendo sua soberania protegida pelo Direito Internacional em todo seu espaço aéreo. Esta ameaça contra Venezuela é contra a paz continental e nossos povos, os herdeiros de El Libertador Simón Bolívar vencerão", diz o documento.

Segundo a nota, a declaração de Trump constitui "um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional".

O governo venezuelano alega que nenhuma autoridade estrangeira tem legitimidade para interferir na administração do espaço aéreo nacional e denuncia que ações desse tipo violam tratados internacionais, como o Convênio de Chicago, e a Carta das Nações Unidas.

A Venezuela afirmou que responderá com dignidade, legalidade e firmeza diante do que considera uma ameaça direta à sua soberania.