Em um comunicado divulgado neste sábado (29), o governo da Venezuela declarou que seguirá exercendo "plenamente sua soberania protegida pelo Direito Internacional em todo seu espaço aéreo", após denunciar o que chamou de uma tentativa dos Estados Unidos de impor ordens e ameaças sobre o território nacional.
Na nota, Caracas afirmou que a ofensiva contra seu espaço aéreo representa uma ameaça contra "a paz continental e nossos povos" e concluiu com a frase: "os herdeiros do Libertador Simón Bolívar vencerão".
O trecho foi destacado como uma resposta simbólica e política diante do que a Venezuela classificou como uma "ameaça colonialista" por parte do governo dos Estados Unidos. De acordo com o comunicado, trata-se de uma ação ilegal e arbitrária, contrária ao Direito Internacional e à Carta das Nações Unidas.
A nota afirma que qualquer tentativa de interferência estrangeira sobre o espaço aéreo será rejeitada com firmeza. "Nenhuma autoridade alheia à institucionalidade venezuelana tem faculdade para interferir, bloquear ou condicionar o uso do espaço aéreo nacional", declarou o governo.
Além disso, o comunicado recorda que a Venezuela é protegida pelas normas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e pelo Convênio de Chicago de 1944, que garantem a soberania plena dos Estados sobre suas respectivas zonas aéreas.