EUA retiram Cuba da lista de países que "não cooperam totalmente" contra o terrorismo
O Departamento de Estado dos EUA excluiu nesta quarta-feira Cuba da lista de países que, segundo Washington, "não cooperam plenamente" na luta contra o terrorismo.
A informação provém de um documento enviado aos membros do Congresso, no qual se assinala que "em 15 de maio, o Secretário de Estado dos EUA determinou e certificou, de acordo com a Seção 40A da Lei Antiterrorismo dos EUA, que Cuba "não coopera plenamente" na luta contra o terrorismo. O Departamento de Estado dos EUA determinou e certificou, de acordo com a Seção 40A da Lei de Controle de Exportação de Armas, que quatro países - Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela - não estavam cooperando totalmente com os esforços de contraterrorismo dos EUA no ano civil de 2023", relata o Cubadebate.
O texto indica que o Departamento de Estado determinou que as circunstâncias que justificam a continuação da listagem de Havana mudaram entre 2022 e 2023, uma versão que foi confirmada à Reuters por um porta-voz do Departamento de Estado.
A reação de Cuba
De Cuba, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, reagiu ao anúncio com um post em sua conta no X que dizia: "Os EUA acabam de admitir o que todos sabem: que Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo".
EEUU acaba de admitir lo que es conocido por todos: que #Cuba colabora plenamente con los esfuerzos contra el terrorismo.Debería cesar toda manipulación política del tema y poner fin a nuestra arbitraria e injusta inclusión en la lista de países patrocinadores del terrorismo.
— Bruno Rodríguez P (@BrunoRguezP) May 15, 2024
Da mesma forma, o diplomata pediu que se deixasse de "toda manipulação política sobre o assunto", com o objetivo de "pôr fim" à "inclusão arbitrária e injusta" de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo, tendo em vista que essa decisão cabe ao Congresso dos EUA e não ao Departamento de Estado.
"O Governo dos Estados Unidos deveria retirar Cuba da lista arbitrária com a qual designa os países que supostamente patrocinam o terrorismo e deixar de aplicar as medidas econômicas coercitivas que acompanham essa designação injusta. Dessa forma, responderia de fato a uma demanda quase universal", escreveu ele mais tarde na mesma rede social.