
Secretário de Guerra dos EUA visita maior porta-aviões do mundo no Caribe

O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, visitou nesta quinta-feira (27) o USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, atualmente estacionado no mar do Caribe.
Em imagens divulgadas pelo Departamento de Guerra, o secretário é recebido pelas tropas com saudações militares. Outro vídeo mostra um discurso de Hegseth aos tripulantes da embarcação pelo Dia de Ação de Graças, no qual agradece aos militares pelo seu serviço.
Welcome to the USS Gerald R. Ford @SECWARpic.twitter.com/j6R1A2xv18
— DOW Rapid Response (@DOWResponse) November 27, 2025
"Vocês estão vivendo a força americana, dissuasão americana, serviço americano e nós os agradecemos", afirmou o chefe do Pentágono. Hegseth acrescentou desejar que todo norte-americano "vissem o que vocês fazem" ao, segundo ele, "defender a liberdade".

Na ocasião, o secretário comentou o tiroteio ocorrido em Washington na quarta-feira (26), causado por um cidadão afegão ex-agente da CIA, que deixou dois soldados da Guarda Nacional feridos em estado crítico.
"Sei que todos vocês viram algumas das notícias de ontem (...). Eles [soldados] continuam em nossas orações, e eu espero que nas suas", afirmou. Para Hegseth, os militares em Washington e no USS Gerard R. Ford são um lembrete "da bravura e do altruísmo" norte-americano, com soldados atuando para "patrulhar as ruas" e "interditar cartéis e defender o povo americano", respectivamente.
Ameaças à Venezuela
- Em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
- Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
- Em meados de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano. Em resposta, Maduro perguntou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos?" "Alguém acredita que a CIA não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
- As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
- O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações. Especialistas e governos classificaram os ataques como execuções extrajudiciais. As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.
