O líder supremo da Revolução Islâmica do Irã, Aiatolá* Ali Khamenei, afirmou nesta quinta-feira (27) que os líderes do regime sionista são, atualmente, "as pessoas mais odiadas do mundo". A declaração foi feita durante um discurso voltado à população, no qual o líder religioso abordou temas internos do país, além de questões regionais e internacionais.
"Hoje, as pessoas mais odiadas do mundo são os líderes do Estado sionista", declarou. Khamenei ainda enfatizou que sem o apoio dos Estados Unidos, o regime sionista "não seria capaz de causar tantas catástrofes". Segundo ele, a aversão global ao regime de Tel Aviv está se expandindo para os Estados Unidos, país que ele considera corresponsável pelas crises internacionais.
"Ao lado dele, a sua aversão aos Estados Unidos certamente também se espalhou", afirmou. Para Khamenei iraniano, Washington é cúmplice das ações promovidas pelo regime de Tel Aviv em diversos pontos do Oriente Médio.
Khamenei também associou diretamente o envolvimento de Washington em conflitos ao agravamento da violência no mundo. "Onde os Estados Unidos se envolvem, há guerra ou genocídio", disse. Ele classificou esse padrão de atuação como um reflexo das "políticas expansionistas e desumanas" conduzidas por Washington em escala global.
*Aiatolá é a forma como costuma ser referido o sistema político vigente no Irã, liderado por autoridades religiosas xiitas, especialmente o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país. O termo faz referência à teocracia instaurada após a Revolução Islâmica de 1979, que fundiu o poder religioso e estatal sob liderança clerical.