
China emite novo alerta contra viagens ao Japão em meio a tensões diplomáticas

Em mensagem postada nas redes na quarta-feira (26), A Embaixada da China no Japão pediu aos cidadãos chineses para evitarem viagens ao país, alertando para uma deterioração da segurança local.

"Recentemente, vários cidadãos chineses residentes no Japão relataram ter sido vítimas de abusos verbais e agressões físicas sem motivo, resultando em ferimentos", afirmou. "A Embaixada da China no Japão reitera seu conselho aos cidadãos chineses para que evitem viajar ao Japão por enquanto", destacou.
Dados da Agência Nacional de Polícia, citados por autoridades chinesas, indicam que os casos criminais no Japão subiram de 568 mil para 738 mil entre 2021 e 2024.
A Embaixada já tinha emitido um alerta parecido contra viagens em 14 de novembro, alegando que o "ambiente de segurança para os cidadãos chineses no Japão continua a se deteriorar".
Tensões crescentes
Desde a posse da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, esta vem afirmando que a situação de Taiwan é uma "ameaça à sobrevivência" do Japão. Sua postura diverge daquela de seus antecessores, que apenas defendiam a manutenção do status quo da ilha chinesa.
Pequim, em mensagem ao secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou as declarações de Takaichi como "equivocadas e perigosas" e as descreveu como uma ameaça de "intervenção armada", afirmando que a China "protegerá sua soberania nacional e integridade territorial".
- Taiwan é autogovernada desde 1949, mas a China a considera parte inseparável de seu território.
- Em outubro de 2024, o Ministério das Relações Exteriores chinês já havia reiterado que a ilha "nunca foi um país e jamais o será", reforçando que a posição oficial de Pequim permanece inalterada diante do que descreve como declarações separatistas das autoridades de Taipé.
- A maioria dos países do mundo, incluindo a Rússia e o Brasil, reconhece a ilha como parte da República Popular da China.
