A CPMI do INSS decidiu não votar nesta quinta-feira (27) a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias, por falta de acordo entre os parlamentares, informou a Agência Brasil.
O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou na abertura da sessão que os requerimentos sem consenso ficarão para 4 de dezembro, última reunião da CPMI antes do recesso legislativo.
Segundo Viana, líderes do governo e da oposição passaram parte da manhã negociando.
"Chegamos a um consenso para que possamos andar com os trabalhos. Vamos no que é possível hoje e na semana que vem, quando teremos a última semana do ano da CPMI", declarou.
Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal, será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 10 de dezembro.
Foco da investigação
A CPMI apura falhas no sistema que teria permitido descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Parlamentares afirmam que Messias foi alertado sobre o esquema fraudulento e não atuou após receber as informações oficiais.
Ainda de acordo com a Agência Brasil, o advogado-geral já havia sido convidado a comparecer à CPMI, mas não esteve presente. Integrantes da comissão querem esclarecer quais medidas ele adotou após receber relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontando cobranças irregulares feitas por associações. Os membros também buscam saber se decisões da AGU foram publicadas ou mantidas em sigilo.