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Polícia Civil inicia operação contra Comando Vermelho na Baixada Fluminense

A Operação Refinaria Livre atuou para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra esquema de extorsão a empresas no parque industrial da REDUC, em Duque de Caxias.
Polícia Civil inicia operação contra Comando Vermelho na Baixada FluminenseTânia Rêgo/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) iniciou nesta manhã de quinta-feira (27) a Operação Refinaria Livre, que visa desmontar um esquema criminoso ativo na região da Refinaria Duque de Caxias (REDUC), a partir de acusação de extorsões realizadas sob liderança de integrante do Comando Vermelho (CV).

Segundo o Globo, a investigação da Delegacia de Repressão de Entorpecentes da Capital (DRE-CAP) aponta que Joab da Conceição Silva integra o CV e comandava a organização, recolhendo mensalmente pagamentos de empresas na área industrial da REDUC, sob ameaça de crimes violentos e sabotagem de suas atividades logísticas, como incêndio de caminhões e agressões a funcionários.

As autoridades relataram a expedição de mandados de prisão e de busca e apreensão, confirmando três prisões até o momento.

Infiltração criminosa

As investigações apontam que o esquema criminoso atuava por intermediações. Uma delas ocorria pelo envolvimento de um pastor, que se apresentava como líder comunitário para os representantes de empresas, repassando orientações de Joab como se fossem demandas da comunidade local.

A reportagem afirma que o suposto pastor foi preso neste mês de novembro pela Polícia Militar de Minas Gerais durante a Operação Aves de Rapina, oportunidade em que teria confessado o transporte de explosivos de Duque de Caxias (RJ) até a Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Betim (MG), com a finalidade de reproduzir as operações criminosas de extorsão já praticadas na REDUC.

Relatos à polícia e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dos representantes empresariais da região da REDUC revelaram a extensão da influência da quadrilha. Acusa-se que o esquema criminoso utilizou sindicados e associações de fachada como instrumento adicional de pressão sobre as empresas, chegando a controlar processos de contratação - um deles que beneficiou a companheira de Joab.