
STF confirma prisão de Bolsonaro após audiência de custódia por trama golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter nesta quarta-feira (26) a prisão do presidente Jair Bolsonaro e de outros cinco envolvidos na chamada trama golpista, durante audiências de custódia realizadas por videoconferência. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

As sessões, conduzidas por juízes auxiliares da Corte, servem para avaliar a legalidade da prisão, sem discutir o mérito da condenação. Todos os detidos já haviam começado a cumprir pena desde terça-feira (25), após o fim do julgamento do núcleo considerado "crucial" no processo.
A determinação inicial partiu do ministro Alexandre de Moraes e foi referendada pelos demais ministros da Primeira Turma do STF. Com isso, Bolsonaro permanece detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde recebeu familiares e médicos com autorização judicial.
Os demais condenados também foram distribuídos em diferentes unidades: o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, foi encaminhado à Estação Rádio da Marinha; os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ao Comando Militar do Planalto; Anderson Torres, ao batalhão conhecido como "Papudinha", da Polícia Militar do Distrito Federal; e Walter Braga Netto, permanece em instalação militar no Rio de Janeiro, onde já cumpria prisão preventiva.
O Supremo também encerrou o processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-SP), que não chegou a ser preso. Segundo a decisão, ele está nos Estados Unidos e passou a ser considerado foragido.
Outro personagem central do caso, o tenente-coronel Mauro Cid, começou a cumprir sua pena de dois anos em regime aberto. Cid foi o único condenado que não recorreu da decisão e segue com os benefícios da delação premiada firmada anteriormente com o Ministério Público.
