Washington não permitiu que a Ucrânia usasse armas dos EUA contra o território russo, mas Kiev "tem que tomar suas próprias decisões" sobre sua estratégia, declarou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira, durante uma coletiva de imprensa em sua visita a Kiev.
Citando repetidas declarações da Casa Branca de que é inaceitável usar armas norte-americanas para atacar o território russo, um repórter apontou que a proibição "torna muito difícil para a Ucrânia responder aos ataques russos" e perguntou a Blinken se tais restrições fazem sentido em meio à situação atual na linha de frente.
Além disso, o funcionário afirmou que Washington "não incentivou nem permitiu ataques fora da Ucrânia, mas, em última instância, a Ucrânia tem que tomar decisões por si mesma" sobre como vai levar o combate, acrescentando que estão "comprometidos em ajudar a garantir que a Ucrânia vença" no conflito.
No início deste mês, o Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, disse em uma entrevista que a Ucrânia tem o direito de usar armas britânicas para realizar ataques contra o território russo. Enquanto isso, o secretário de Defesa britânico, Grant Shapps, anunciou na terça-feira que Kiev recebeu permissão de Londres para usar seu armamento para atacar a república russa da Crimeia.
Enquanto isso, Moscou já havia alertado os países ocidentais de que "qualquer ação agressiva" contra a Crimeia será seguida por um ataque retaliatório. "Quero alertar mais uma vez Washington, Londres e Bruxelas que qualquer ação agressiva contra a Crimeia não só está condenada ao fracasso, mas receberá um golpe retaliatório que será esmagador", declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.