Trump reage à arquivamento de processo: 'Lei e Justiça prevaleceram'

Para o presidente norte-americano, o caso "nunca deveria ter sido apresentado em primeiro lugar".

O presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu como o "fim de uma corrupta caça às bruxas" o arquivamento, nesta quarta-feira (26), do processo que o acusava de suposta interferência nas eleições de 2020. 

"Esse caso nunca deveria ter sido apresentado em primeiro lugar", argumentou o presidente, afirmando que "democratas enlouquecidos fizeram tudo o que puderam para atacar violentamente a mim" e aliados do movimento MAGA ("Make América Great Again").

Para Trump, ele e seus aliados foram perseguidos "por dizer a VERDADE — A ELEIÇÃO DE 2020 FOI MANIPULADA E ROUBADA". "Cometeram crime após crime ao usar nossas forças policiais e nosso sistema judiciário como armas contra americanos honestos e amorosos, mas nós lutamos e vencemos tanto nos tribunais quanto politicamente com nossa vitória histórica, que salvou o país, em 5 de novembro de 2024", declarou.

Entenda o caso

A iniciativa de pôr fim ao processo contra Trump e 14 réus partiu de Pete Skandalakis, diretor executivo do conselho de promotores do estado, que apresentou uma moção na manhã desta quarta-feira (26).

A ação, originalmente vista como uma das mais significativas ameaças legais para Trump, já que condenações estaduais não podem ser alvo de perdão presidencial, também tinha entre os réus aliados próximos do presidente, como Rudolph W. Giuliani e Mark Meadows.

No documento de 22 páginas, Skandalakis desmontou as acusações formuladas por Fani T. Willis, então promotora do condado de Fulton. Ele argumentou que "não é ilegal questionar ou contestar resultados eleitorais" e afirmou que a investigação conduzida pelo procurador especial Jack Smith, nomeado pelo Departamento de Justiça sob o governo Biden, seria o foro mais adequado para examinar as tentativas de Trump de permanecer no poder após a derrota em 2020.

O procurador destacou ainda que a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que garantiu "imunidade absoluta" ao presidente para atos realizados dentro de sua autoridade constitucional, tornaria o litígio no estado lento e complexo. Segundo ele, discutir a imunidade nos tribunais da Geórgia poderia levar "meses, senão anos", estendendo qualquer julgamento para muito além de 2029, quando Trump deixará o mandato.