Os houthis do Iêmen realizaram uma "operação militar conjunta" com forças navais, mísseis e drones contra um navio norte-americano que prestava apoio a Israel, informou o movimento nesta quarta-feira em sua conta no X (antigo Twitter).
"A operação foi uma resposta preliminar ao ataque malicioso às nossas forças navais pelas forças inimigas dos EUA no domingo", disse o comunicado, referindo-se à destruição pelas forças dos EUA de três pequenos barcos que tentavam atacar o navio comercial Hangzhou, da empresa de navegação dinamarquesa Maersk.
No documento, o exército iemenita diz que "não hesitará em responder adequadamente a todas as ameaças hostis dentro da estrutura do direito de autodefesa do nosso país", acrescentando que continua a impedir que navios israelenses e outros navios "que se dirigem aos portos da Palestina ocupada" naveguem no Mar Vermelho até que a "agressão" israelense contra a Faixa de Gaza termine.
Na segunda-feira, o líder Houthi, Safar al-Sufi, disse que os EUA receberiam uma resposta "dolorosa" pela morte de soldados iemenitas no Mar Vermelho. "Os EUA abriram fogo contra si mesmos ao atacar as Forças Armadas do Iêmen", disse ele, prometendo que o Iêmen retaliaria em breve.
As forças armadas do Iêmen, controladas pelo movimento rebelde Houthi Ansar Allah, declararam em novembro a intenção de atacar qualquer navio israelense no Mar Vermelho, tanto os de bandeira israelense quanto os de propriedade ou operados por empresas do país judeu.
No início de dezembro, eles confirmaram sua intenção, afirmando que atacariam "qualquer navio que se aproximasse de Israel".